A responsabilidade de uma boa gestão rodoviária

Jorge Ortolá

20 de Abril de 2015

O parque automóvel português sofre, anualmente, um aumento na quantidade de veículos que circulam pelas ruas, estradas e auto-estradas. Este aumento não é proporcional à adaptação de todo o restante sistema de circulação rodoviário. Este aumento é bastante superior.

Basta pararmos um pouco, olharmos o trânsito que nos rodeia numa determinada via e percebermos quão diferente está, se comparado com o que acontecia há uma década atrás. Essa diferença deveria ser avaliada de tempo a tempo, para que a gestão rodoviária da via pública se pudesse ir adaptando.

Uma boa gestão rodoviária diminui a probabilidade do sinistro

A entidade responsável pela gestão rodoviária de uma localidade é pertença da respectiva autarquia. Assim, deve esta promover a atribuição do cargo a uma equipa capacitada tecnicamente para que possa desenvolver um estudo adequado de cada rua, avenida, rotunda, intersecção, etc…, para a circulação se possa desenvolver na maior fluidez e segurança possível.

Sabemos que, em muitos casos, essa gestão rodoviária é bastante difícil, devido ao facto das vias serem antigas, com habitações muito próximas. Esse facto, de existirem casos destes, deve-se a uma má ou inexistente planificação rodoviária, na ocasião em que foram construídas essas habitações e vias.

Não será, de todo, de se espantar, uma vez que até meados dos anos 80, principio dos anos 90, não havia uma real planificação de vias a longo prazo. Essa gestão rodoviária não era tida em consideração e, certamente, não haviam técnicos especializados e sensibilizados para essa realidade.

Hoje, com o conhecimento que temos, essa planificação rodoviária deve ser efectuada a longo prazo. Existem técnicos de transito qualificados e capazes de elaborar planos rodoviários que não colidam com o fluxo de tráfego que se venha a verificar dentro de duas ou três décadas.

Foto¦ Operação Stop Coimbra