Quais são as estradas onde ocorrem mais acidentes graves e mais pessoas perdem a vida? Um olhar a partir das estatísticas.
O recente estudo da Afesp (Associação Portuguesa de Sinalização Rodoviária – ANSR) sobre “A maturidade da sinalização e segurança rodoviária em Portugal”, analisa a sinistralidade rodoviária, colocando ênfase na necessidade da sinalização ser adequada e atualizada. Esse estudo, debruça-se, entre outros tópicos, nas vias onde ocorrem mais acidentes graves e mais pessoas perdem a vida.
Deste modo, apesar dos acidentes com vítimas nas localidades terem diminuído em Portugal em 2018 em relação a 2017, para um total de 26.514, é nesta tipologia de artérias onde morre mais gente.
Dentro das localidades: 77%
Assim, de acordo com dados de 2018, o número de acidentes com vítimas dentro das localidades representou 77,4% do total de acidentes.
Dentro do universo das localidades, os arruamentos foram o tipo de via que maior sinistralidade apresentou, com um total de 21.268 acidentes com vítimas (representando 80,2% das ocorrências dentro das localidades e 62,1% do total das ocorrências dentro e fora de localidades), seguidos pelas estradas nacionais, com 3637 ocorrências (13,7% das ocorrências dentro das localidades e 10,6% do total das ocorrências dentro e fora de localidades).
Fora das localidades: 23%
Analisando a sinistralidade ocorrida fora das localidades com base em elementos da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o estudo da Afesp indica que o número de acidentes com vítimas aumentou face a 2017, para um total de 7721 (passando a representar 22,6% do total de acidentes com vítimas dentro e fora de localidades).
Dentro do universo fora das localidades, as estradas nacionais foram o tipo de via que registou um maior número de ocorrências, com 2933 acidentes com vítimas em 2018 (38,0% do total de ocorrências fora das localidades e 8,6% do total de acidentes com vítimas dentro e fora das localidades), seguido pelas autoestradas, com um total de 2155 acidentes com vítimas (27,9% fora das localidades e 6,3% do total).
“Analisando os dados apresentados, é possível verificar que 2018 foi um ano que apresentou uma redução da sinistralidade rodoviária em todos os tipos de vias dentro das localidades, em relação ao ano antecedente, com exceção do número de vítimas mortais, que aumentou no mesmo período. Considerando os dados analisados fora das localidades, o cenário altera-se, apresentando um aumento do número total de acidentes com vítimas entre 2017 e 2018, assim como de feridos leves e vítimas mortais”, conclui a Afesp.