Do mesmo modo que jogar ténis não é agarrar de qualquer maneira a raqueta e desferir golpes até acertar na bola, conduzir não se reduz a segurar o volante e a fazê-lo girar para onde queremos.
Como em qualquer outra atividade, conduzir é algo que se pode fazer mal, razoavelmente e bem. Para que o seu caso pertença a esta última classe, é imprescíndível aplicar uma série de técnicas que lhe permitam otimizar os seus movimentos com o menor esforço e a maior rapidez possível e que seja capaz de aceder a todos os comandos do automóvel e a ter absoluto controlo sobre ele. Conduzir em zonas com curvas nem sempre é fácil.
E, claro, a atitude a ter ao volante não pode ser a mesma quando se circula em linha reta. Sem ser nenhum bicho de sete cabeças, conduzir numa estrada com curvas obriga a ter uma maior atenção aos movimentos para que as manobras não deixem de ser fluídas. Para que isso aconteça, a colocação das mãos e a técnica empregues para mover o volante é de vital importância. Na abordagem a uma curva, deve-se ter sempre presente uma sequência lógica de movimentos: travar, trocar de caixa, preparar as mãos e, então, começar a virar.
Tudo de forma a que, quando começamos a virar o volante, já soltámos o travão e temos engrenada a mudança adequada àquela curva. Depois é preciso ter em mente que o volante está dividido em duas partes iguais por uma linha imaginária estabelecendo-se a parte direita como territótio exclusivo da mão direita e a parte esquerda da mão esquerda. O objetivo é evitar que uma mão irrompa no território da outra, com o que conseguirá evitar que um intempestivo cruzar de mãos dificulte os seus movimentos. Antes de começar a virar, deve avaliar o raio e caraterísticas da curva que vai abordar para preparar os gestos a efetuar.
Assim, as curvas rápidas de raio amplo, não requerem nenhuma preparação especial. São simples de fazer, girando o volante para a esquerda ou para a direita apenas 1/4, pelo que as mãos se podem manter na posição das “10 e 10”. Se vir que a curva é mais apertada, terá de preparar-se melhor. Se a curva é para a direita, suba a mão direita até à parte superior do aro do volante, começando a andar com esta, enquanto a esquerda, que baixa ligeiramente, se deixa resvalar sobre o volante. Assim que a mão direita atinge, no volante, a posição das “4” horas nos ponteiros do relógio, comece a comandá-lo com a mão esquerda até chegar com ela às 12h.
Resultado: sem ter cruzado em absoluto os braços, virou o volante três quartos de volta. Mas, o mais importante é que, se por qualquer motivo, a meio da manobra tiver a necessidade de desfazer a volta, pode efetuá-la com muita rapidez, novamente sem cruzar os braços. Evite ainda virar o volante colocado a mão por dentro do aro do volante.
A ordem pela qual se usam” as mãos e efetua a sequência de movimentos de maneira correta é fundamental para uma condução mais segura e fluída.
Muita atenção à segurança
Agora que aprendeu a colocar corretamente as mãos no volante e a fazer curvas, ainda existem ações que pode fazer antes de “dar à chave” e arrancar e que vão igualmente contribuir para uma maior segurança de todos os ocupantes do veículo. A correta colocação do cinto de segurança também requer a nossa atenção. Da mesma forma que nenhum piloto entra em pista sem capacete nem cintos colocados, devemos assegurar-nos que os sistema de segurança do nossos carro estão em perfeitas condições de funcionamento. Também devemos ter o cuidado de ajustar os encostos de cabeça à nossa estatura, procurando que estes evitem que em caso de acidente, a cabeça seja atirada para trás, com risco de lesões cervicais.
Fonte: IMT