Continuando na semana reservada à cidade da Figueira da Foz, em busca de locais que estejam associados à segurança rodoviária, hoje vou-me debater, por sugestão do leitor José Lopes, na famosa “Rotunda do Cavador” onde o acidente rodoviário acontece, mais vezes que as espectáveis.
Quando foi edificada, esta rotunda era alvo de muitos acidentes. Essencialmente tratavam-se de veículos que a abordavam em excesso de velocidade, não conseguindo o condutor definir uma trajectória segura e invadindo o espaço relvado. Nos dias de hoje o que mais preocupa quem ali transita, são as passadeiras e os peões.
Uma lomba redutora de velocidade
Em outros tempos, quando foi presidente da autarquia figueirense, Pedro Santana Lopes mandou construir uma passagem superior que ligasse o bairro da Quinta do Paço à outra margem da Avenida Dom João Alves. Pretendeu com isto “calar” as vozes que se levantaram à construção do separador central da faixa de rodagem que dificultava a circulação de peões.
Acontece que aquela passagem superior nunca esteve devidamente preparada para receber peões que não fossem aqueles senhores que a inauguraram. E mesmo assim, apenas eles poderão testemunhar a dificuldade que tiveram em subir tantos e inclinados degraus.
O que se passa é que aquela passagem superior não serve os interesses de nenhum peão, uma vez que apenas tem degraus e uma forte inclinação. Uma grande parte dos habitantes do referido bairro que por ali circulam a pé, são idosos. Pessoas com dificuldade em se movimentarem, logo dificuldade em galgarem aquela subida e descida.
Uma vez que continuavam a atravessar a faixa de rodagem e a “treparem” o separador central, resolveu a autarquia figueirense colocar mesmo à saída da rotunda uma passadeira. Se o perigo já existia, aumentou. A passadeira está colocada mesmo no ponto de aceleração. Pior; de noite não é perceptível a existência de peões na passadeira.
É importante que os responsáveis pela segurança rodoviária, mais do que circularem pela cidade, escutem a opinião de quem usa os espaços e desse modo perceber o que preocupa as pessoas. Só desse modo podem optar pela melhor solução, local a a local.
A minha modesta opinião vai de encontro ao que esta mesma autarquia tem feito noutros pontos da cidade, esses mais turísticos; colocação de bandas redutoras de velocidade no local da passadeira. Mas atenção, redutoras de velocidade e não destruidoras de veículos. Não se devem os responsáveis autárquicos esquecer que essas lombas se encontram legisladas e devidamente regulamentadas.
Fotos¦ Google Maps