Sinais tapados por construções, vegetação ou outros sinais tornam ineficiente a sinalização. A segurança rodoviária também passa pela limpeza das bermas.
A segurança rodoviária depende de diferentes váriáveis, tais como o estado do veículo, as aptidões, experiência e estado de saúde do condutor, as condições climatéricas, a qualidade da infraestrutura e da sinalização vertical e horizontal.
Além de ter de ser coerente e informativa, a sinalização tem de se adaptar ao tipo de via para o qual foi pensada, tendo a sua implementação no terreno de obedecer ao regulamento de sinalização, sob pena de não ser eficaz e de colocar em risco a segurança rodoviária em vez de a melhorar.
Presente, mas ausente
A sinalização pode até estar presente numa estrada, mas pode estar tapada por obstáculos, construções, outro tipo de sinalética e até vegetação. Nesse caso, é como se não existisse.
O condutor pode até vê-la, mas se a sinalização estiver descolorida, as suas indicações apagadas ou indevidamente iluminada não produz efeitos. Por vezes, só gera confusão e atrapalha, pois na ânsia de tentar compreender a mensagem que uma determinada placa pretende transmitir (dadas as dificuldades sentidas pelo sinal estar parcialmente tapado), o condutor pode negligenciar a sua condução e fazer alguma manobra menos adequada que coloque em causa a sua segurançça e a integridades dos demais utentes da via.
A manutenção de uma via não passa, por isso, unicamente por assegurar que o tapete betuminoso está em boas condições para a circulação dos veículos. Implica também garantir o bom estado da sinalização vertical e das marcas horizontais, pois tudo faz parte do ambiente rodoviário.
Falta de limpeza das bermas
A falta de limpeza das bermas representa um perigo grande para a segurança: a sujidade que se acumula no pavimento pode facilitar, por exemplo, o despiste de um carro ou levar a que uma pedra se projete para o parabrisas de um carro ou mesmo contra um motociclista.
Mas a falta de limpeza das bermas está habitualmente acompanhada do crescimento de arbustos densos que tapam os sinais de trânsito.
Não é uma situação específica das nossas estradas e disso são exemplos as imagens usadas para ilustrar este artigo que se referem aos EUA.
Como refere a Afesp (Associação Portuguesa de Sinalização e Segurança Rodoviária) “a sinalização vertical bem como a horizontal, constitui um dos meios mais eficazes de garantir as mais adequadas condições de segurança rodoviária, desde que adequadamente implantada e mantida”.
Reforça a Afesp: “Os dispositivos utilizados na sinalização do trânsito devem desempenhar uma função efetivamente necessária, favorecer a legibilidade da via, ser claros e simples, possibilitando o repito das suas indicações num período de tempo compatível com os requisitos de segurança específicos”.