No ano passado, o número de acidentes de viação registados pelas autoridades em Portugal aumentou 3,6%, mas em termos de vítimas mortais houve uma redução de 5,5%.
Portugal assinalou uma evolução da sua sinistralidade rodoviária muito relevante quando comparada com os restantes estados membros da União Europeia, registando em 1995, mais do dobro do número de vítimas mortais por milhão de habitantes em relação à média da união europeia. Passados cerca de 20 anos, Portugal reduziu nesse indicador 77%, apesar de ainda estar 19% acima da média da União Europeia.
De 1999 a 2008, verificou-se uma redução de 32% nos acidentes com vítimas e 29% nos feridos leves. A redução da sinistralidade grave foi ainda mais acentuada: menos 68% de feridos graves e menos 58% nas vítimas mortais.
Esta tendência de diminuição da mortalidade tem sido uma constante também nos últimos anos de forma quase contínua, como mostra este gráfico (mortos no local) elaborado pelo Circula Seguro, com dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, de 2006 a 2016.
Assim, durante o ano de 2016, o número de vítimas mortais resultantes de acidentes de viação diminuiu 5,5%, em relação ao ano anterior.
Ainda segundo a da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, no ano passado, assistiu-se a um aumento do número de acidentes, mas de menor gravidade, tendo havido não somente menos mortos, mas também menos feridos graves e ligeiros.
Os números da sinistralidade rodoviária portuguesa em 2016 sublinham este comportamento (elementos estatísticos alusivos ao local do acidente e não às vítimas a 30 dias):
– Em 2016 registaram-se 127.210 acidentes de viação, 447 vítimas mortais e 2.034 feridos graves.
– Comparativamente a 2015, verificou-se um aumento de 4410 acidentes rodoviários (+3,6%), uma redução de 26 vítimas mortais (-5,5%) e um decréscimo no número de feridos graves: -216 feridos graves (-9,7%).
– Em 2016, em média, registou-se uma média de 1,2 vítimas mortais e 5,5 feridos graves por dia.
A nível distrital, constata-se que o número de vítimas mortais sofreu um agravamento nos distritos de Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Lisboa e Portalegre, manteve-se igual na Guarda e Vila Real e apresentou uma redução nos restantes distritos (Aveiro, Beja, Braga, Faro, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu).
Ainda no que concerne ao número de vítimas mortais, é de referir que os distritos de Aveiro (-18,8%) e Beja (-25,7%) apresentaram uma redução de mortos percentualmente mais significativa.
No caso dos feridos graves, verificou-se um aumento em quatro distritos (Bragança, Guarda, Leiria e Viseu) e uma redução nos outros 14 distritos de Portugal Continental. Nos quadros em baixo feitos pelo Circula Seguro encontra esta informação ordenada por distrito para mais fácil leitura.