sinistralidade rodoviária, os números em 2015

Jorge Ortolá

28 de Dezembro de 2015

O ano está a chegar ao fim e com ele vem, inevitavelmente, a análise aos números da sinistralidade rodoviária em Portugal, suas causas e consequências. E apenas a quatro dias desse fim de ano de 2015, trago-vos aqui os valores obtidos pela ANSR até ao dia 20 de Dezembro.

É importante percebermos que todos somos responsáveis pelos valores que são aqui indicados. Podemos ou não estar incluídos neles, mas não deixamos todos nós, cada um à sua maneira de ter uma quota parte de responsabilidade. Afinal, quem nunca prevaricou?

Os números que nos devem fazer reflectir

A sinistralidade rodoviária é um fenómeno que se encontra permanentemente em estudo, com a finalidade de se encontrarem ferramentas legais e operacionais, que a possam diminuir. Pensar-se que a sinistralidade rodoviária pode ser erradicada é uma utopia fantasmagórica. Haverá sempre uma falha que provocará um acidente.

No entanto, não será de todo utopia acreditar-se que se pode melhorar, em muito, os números que a sinistralidade rodoviária carrega nas suas costas. Basta que cada um de nós acredite que poderá ser um interveniente melhor e esses valores da sinistralidade rodoviária diminuirão exponencialmente.

Os valores

Entre o dia 1 de Janeiro 2015 e o dia 20 de Dezembro de 2015, a ANSR, com o apoio da GNR e da PSP, contabilizou um total de 119 308 acidentes rodoviários. Desta brutal sinistralidade rodoviária, mais 4 953 que no ano de 2014 e mais 6 697 que em 2013, resultaram 464 vítimas mortais, 2 130 feridos graves e 36 721 feridos leves.

Se analisarmos os números em termos comparativos, este ano de 2015 a sinistralidade rodoviária, até ao dia 20 de Dezembro, já registou mais um morto do que no mesmo período de 2014, mais 40 feridos graves e mais 518 feridos leves.

A quatro dias do final do ano, não me parece que estes números da sinistralidade rodoviária venham a ter melhoras, até porque ainda falta registar os valores advindo da operação de fim de ano que a GNR vai colocar no terreno.

A conclusão que posso retirar destes valores é que os condutores não se respeitam, e os responsáveis políticos continuam a desenvolver acções de secretária, não dando a quem sabe, ou seja, a quem anda no terreno, as rédeas do desenvolvimento de acções e indicações legislativas capazes de melhorar a situação rodoviária nacional.

Foto¦ Sapo