Sem estarem concluídos três meses completos de avaliação da sinistralidade rodoviária em Portugal, os números que podemos encontrar nos registos das forças de segurança PSP e GNR, são muito preocupantes e demostram que não se está a caminhar pelo trilho correcto, no que à prevenção diz respeito.
Acidentes rodoviários sempre haverão e será, de todo, utópico, pensar-se que um dia se chegará ao nulo. No entanto, devem sempre elaborar-se intenções e objectivos, com vista a diminuir esse valor, quando comparado com anos transactos. Seja na sua totalidade, seja na sua parcialidade.
Os valores do primeiro trimestre de 2015
Como habitualmente, trago a este espaço os valores da sinistralidade, essencialmente, para que os nossos leitores percebam o que se vai passando neste Portugal rodoviário. Faço-o igualmente para que todos nós, cada um de nós, façamos uma reflexão sobre as consequências que cada unidade, representada, implica na vida de cada um.
Nos registos efectuados nos três primeiros meses, a sinistralidade apresenta valores preocupantes. Se em 2014, no mesmo período, aconteceram 25 550 casos de sinistralidade rodoviária, 2015 mostra o valor de 25 926, mas 376 acidentes de trânsito.
Quando verificamos o número de mortos resultantes dessa sinistralidade, e tendo sempre em atenção que estes serão actualizados a 30 dias, temos em 2014 o valor de 97 mortos e em 2015 um número mais expressivo. 107 são as vitimas mortais, podendo vir a aumentar. Mais 10 vitimas mortais.
Os feridos graves sofreram igualmente um aumento no valor registado pelas forças de segurança que andam no terreno. 2014 teve um registo de 392 vitimas em estado grave. 2015 viu esse valor sofrer um aumento de 13 vitimas, estando por agora nas 405.
O único indicador a sofrer uma diminuição foram as vítimas ligeiras, uma vez que o ano de 2014 tinha registado 7 211 e o de 2015 regista o valor de 7084.
Foto¦ CA