Num mundo cada vez mais exigente estar ligado à família, aos amigos, ao cliente, ao fornecedor ou ao patrão tornou-se numa necessidade, será essa necessidade tão forte que necessitemos de correr risco de vida para tentar enviar ou ler sms’s enquanto conduzimos?
Anteriormente, as entidades que promovem a segurança rodoviária, só consideravam o falar ao telemóvel como sendo algo relevante para ser “combatido”, eventualmente mencionavam os SMS’s, mas atualmente, o Twiter e o Whatsapp, estão a dominar este tipo de comunicação nos smartphones.
O número de mensagens é avassalador
Todos os tipos de mensagens de texto, curtas, referidas em cima, geralmente limitadas a poucos caracteres que podem ser enviados ou recebidos em todos os telemóveis, são responsáveis por 9,8 mil milhões de mensagens por mês, parece muito? Bem esse número é de dezembro de 2005, no fim de 2008 já eram 110,4 mil milhões.
Os números são assombrosos, apesar de só ter conseguido obter dados de 2011 e 2012, onde atingiram 7,8 biliões e 9,6 biliões, respectivamente. Ou seja são 9 600 000 000 000 de mensagens. E os recordes de venda de smartphone’s estão a ser batidos este ano novamente, aumentando os equipamentos capazes de enviar mensagens instantâneas, tipo o Twiter ou o Whatsapp.
Efeitos na condução
Sejamos realistas, sem dúvida que mais do que algumas dessas mensagens estão sendo enviadas por pessoas enquando estão conduzindo, mas será que ler, redigir ou enviar mensagens de texto enquanto dirige é uma ideia perigosa?
Social e legalmente, conduzir embriagado é completamente inaceitável, então saiba que após alguns testes investigadores chegaram à conclusão que as mensagens de texto provocam lentidão de reação no mínimo idêntica ao de estar alcoolizado com 0,8 gramas de álcool por litro de sangue.
Sabia que em média os seus olhos estão fora da estrada por cinco segundo enquanto escreve mensagens de texto? Não parece muito… Se circular a cerca de 85km/h é tempo suficiente para o seu carro cobrir uma distância equivalente ao comprimento de um campo de futebol.
Segundo estudos do Virginia Tech Transportation Institute um condutor, enquanto escreve mensagens de texto, tem 23 vezes mais probabilidades de estar envolvido num acidente do que um motorista que não o faça.
A National Highway Traffic Safety Administration apurou que 5.474 pessoas foram mortas em estradas dos Estados Unidos e um número estimado de adicional de 448 mil ficaram feridas em acidentes de trânsito que foram relatados ter envolvido condução distraída, do total das fatalidades 995 estava envolvida a utilização de telemóveis.
Analisando outro estudo de 2011, efetuado por Harris Poll, 49% dos condutores com telemóveis até à idade de 35 anos já enviaram ou leram mensagens de texto enquanto conduziam. A faixa etária com a maior proporção de condutores distraídos foi o grupo etário até aos 20 anos, onde 16% dos jovens envolvidos em acidentes fatais foram relatados como tendo-se distraído enquanto conduzia.
Devo desligar o telemóvel?
Resumindo, a utilização de qualquer dispositivo pode distrair o condutor, pelo que não deverá operar nenhum dispositivo não relacionado com a condução, sim inclui o GPS, o condutor deverá operar somente os comandos de controlo da viatura.
No caso do GPS deverá programa-lo para o destino antes de iniciar a marcha, no caso dos telemóveis ou smartphones deverá coloca-los no silêncio, porque colocar no silêncio e não desliga-los simplesmente? É fácil de perceber, caso esteja envolvido num acidente conseguirá usar de imediato o aparelho para pedir auxílio.
Fotos | Intel Free Press