A distração é a principal causa de acidentes rodoviários, mais que a condução sob a influência do álcool ou de outros produtos, mais que as condições, ou melhor a falta de condições da via, ou as más condições atmosféricas, sabendo este fato interessa conhecer quais os fatores que contribuem para as distrações.
Em um novo estudo, cerca de 90% dos pais admitiram estarem distraídos por algum aparelho tecnológico, nos últimos 30 dias, durante a condução com seus filhos. As atividades a bordo têm vindo a mudar do tradicional falar com outros ocupantes, os filhos por exemplo, para a realidade atual que passa por falar ao telefone, escrever mensagens de texto, ou manusear o sistema de navegação ou o sistema de entretenimento a bordo.
As distrações de estilo “antigo”, também fazem parte deste lote, como, por exemplo, comer ou procurar um brinquedo perdido debaixo dos bancos. A distração principal a nível tecnológico eram os telefonemas. Quase 75% dos pais admitiu que falava ao telefone enquanto conduzia, num universo de cerca de 600 participantes na pesquisa.
Pais distraídos
Como foi conseguida esta grande participação e este assumir de culpa dos progenitores? Simples, os “pais condutores” que responderam às perguntas estavam a aguardar nas salas de espera de urgência de um hospital do Michigan, enquanto seus filhos estavam sendo tratados por uma variedade de razões.
A idade das crianças variava entre os 1 a 12 anos, cerca de 70% dos pais disseram que fizeram algo relacionado com cuidados, ou simplesmente dar atenção, à criança durante a condução, como por exemplo dar algum tipo de alimento, guloseima ou dar em mão um brinquedo. Quase o mesmo valor de pais que assumiu que era habitual “negociar” com os filhos para que se acalmassem, ou parassem de chorar.
Cerca de metade estavam distraídos, procurando direções em um GPS ou mapa, um valor idêntico aos que se distraíram com o sistema de infotainment a bordo da viatura. Cerca de 15% relataram estarem a escrever mensagens de texto enquanto estavam ao volante. Os pais inquiridos assumem que as distrações que indicavam eram causas prováveis de um acidente rodoviário.
Foto | Steven Damron