Tipos de lâmpadas para automóveis e a sua evolução

Duarte Paulo

2 de Maio de 2017

Quando entramos no nosso veículo damos como garantidos todos os seus acessórios. Alguns proprietários até acham que são componentes usuais desde os primórdios do automóvel. Mas não é assim, por exemplo, as necessidades de iluminação foram também aumentando com a evolução de outras áreas.

Quando falamos de lâmpadas para automóveis lembramo-nos em primeiro lugar dos faróis. Estes podem ser considerados a principal fonte de iluminação de um veículo, porém nem só dessas luzes “vive” um automóvel. Saiba mais sobre os diferentes tipos de lâmpadas para automóveis e a sua evolução.

Desde os seus primórdios a função pretendida era a mesma de hoje em dia, a de iluminar a estrada, quando havia estrada… Mas a sua função não era a cumprida da melhor forma. Por isso foi sofrendo evoluções ao longo do tempo.

Evolução das lâmpadas para automóveis

Quando o automóvel foi inventado a iluminação utilizada neste meio de transporte era a mesma das habitações na época. Basicamente eram velas de parafina, protegidas por caixas de vidro.

Rapidamente evoluiu para modelos mais adequados ao uso no exterior e ao aumento da velocidade que os carros começavam a conseguir atingir. Surgiram as versões elétricas com a utilização de resistências incandescentes.

As luzes traseiras, incluindo as luzes de travão, só foram introduzidas por volta de 1915. Os sinais de pisca com o mecanismo que desligam automaticamente foram desenvolvidos em 1940. Por volta de 1945, os faróis e os indicadores de mudança de direção foram integrados na carroçaria do automóvel.

As lampadas de halogéneo foram desenvolvidas na Europa em 1960. Os faróis HID (High Intensity Discharge), mais conhecidas como xénon, foram produzidos a partir de 1991. Dois anos depois, as primeiras lâmpadas traseiras LED foram instaladas em automóveis de produção em massa. Faróis LED foram introduzidos na primeira década do século XXI.

Ver e ser visto

As lâmpadas para automóveis e os conjuntos óticos associados, têm a função de iluminar o caminho. Mas também a de tornar o veículo visível aos demais utilizadores das estradas. É uma função padronizada pela lei.

Em alguns países, a sua utilização é obrigatória, inclusive durante o dia. Isso torna os veículos mais facilmente visíveis por outros condutores e assim evitar acidentes. Há regras diferentes para cada país.

Xénon cada vez mais comum

Já deve ter reparado que existe uma grande diversidade de cores de faróis. Essa diversidade deriva da tecnologia usada e da potência das lâmpadas, produzindo diversas frequências do espectro da luz.

Ao contrário das lâmpadas convencionais que utilizam um filamento incandescente para produzir luminosidade, os faróis por descarga de gás utilizam arrancadores de alta potência elétrica conhecidos como Xénon.

Neles utiliza-se uma lâmpada especial, cujo interior é preenchido com uma mistura de gases nobres entre os quais sobressai o Xénon. A luminosidade é produzida pela passagem de uma corrente elétrica nos elétrodos internos, ionizando o gás.

Mas para que isso ocorra é necessário gerar uma elevada tensão elétrica, da ordem de 20.000 volts. Por isso existe a necessidade de um arrancador, idêntico ao que é usado nas lâmpadas fluorescentes.

Como não há filamento aquecido, esse tipo de lâmpada possui maior vida útil, pois torna-se mais resistente a vibrações e impactos. A durabilidade chega a 3000 horas de uso.

Existem ainda outras vantagens, a luminosidade produzida pelo gás pode ser cinco vezes maior, quando comparada com o sistema de halógeno. O seu consumo de corrente elétrica é cerca de 40 por cento menor.

Porque é que as luzes tem diferentes cores

A coloração do feixe luminoso produzido pela lâmpada de Xénon é branco azulado diferentemente do feixe amarelado dos faróis convencionais. A cor varia em função da chamada temperatura da luz, passando de 4000K na cor branca a até 8000K na cor azul.

De acordo com diversos regulamentos internacionais, quando se utilizam faróis cuja intensidade luminosa exceda os 2000 lúmen, é obrigatória a montagem de um sistema de lavagem de faróis. Assim como um dispositivo de regulação automática da altura dos mesmos.

Outras lâmpadas e outras funções

Na frente dos automóveis existem agora outras lâmpadas. São as luzes de circulação diurnas, uma iluminação independente dos faróis, acionada automaticamente com a ignição do veículo.

A sua função é tornar o veículo visível aos demais condutores e peões, reduzindo o número de acidentes no trânsito. Habitualmente são usadas lâmpadas LED. Em alguns países, é obrigatória a  utilização destas luzes. Sendo ainda exigida a presença das luzes de circulação diurna nos veículos novos.

Já os faróis traseiros têm diversas funções. A mais simples é a de luz de presença, e acende-se automaticamente com os faróis dianteiros.

Na traseira do veículo, normalmente estão também as luzes de mudança de direção e a de marcha atrás. Por último mas de forma nenhuma menos importante, as luzes de travão. Existem ainda os refletores.

De vital importância, as luzes de travão têm como função alertar aos demais condutores que o veículo à sua frente está a travar, ou a reduzir a sua velocidade. São de cor vermelha e têm numa intensidade mais forte que as luzes de presença.

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