Quando se fala de escolas de condução, pensa-se, no imediato, no realizar de um sonho; obter uma carta de condução que permita uma liberdade, muitas vezes exagerada ou mal gerida, mas ainda assim, uma liberdade, em termos de independência de horários.
Acontece que nem tudo é o mar de rosas que se espera quando se procura uma escola de condução para adquirir a respectiva formação. Acontece, em muitas situações, mais do que as expectáveis, os candidatos a condutores, já em processo de formação, não encontrarem à sua disposição o serviço que esperavam ter. Umas vezes porque a própria escola de condução não o proporciona, outras porque o candidato não permite que este aconteça.
Transferência entre escola de condução, pode ser um presente envenenado
A transferência entre escolas de condução, para aqueles candidatos a condutores que não se encontram satisfeitos com o processo de aprendizagem seguido pela escola de condução onde se encontram inscritos, pode ser uma solução, mas também pode ser um presente envenenado.
Ou seja, teremos primeiro que avaliar o que pode levar um candidato a querer mudar de escola de condução. A verdade é que escolas de condução há muitas e, apesar do programa de ensino ser igual para todas, os métodos de ensino irão variar tendo em conta diversos factores. Também não é menos verdade que não existem duas pessoas iguais e que umas têm mais dificuldade de aprender do que outras.
Acontece, muitas vezes, que os candidatos a condutores não percebem ou não querem perceber que essa diferença no ritmo de aprendizagem é diferente entre pessoas, logo, eu não tenho que aprender tão rápido ou demorar tanto tempo como o meu amigo.
A questão que se coloca, é que por vezes as 32 horas de formação e os 500 quilómetros não são suficientes para a aprendizagem, o que implica mais horas de formação e mais quilómetros. Alterar essa realidade não está ao alcance dos formadores (instrutores), uma vez que eles não conhecem a capacidade de apreender do formando, antes dele iniciar e desenvolver a sua formação.
Se um formador informa o candidato que ele necessita de mais horas e quilómetros, ele parte do principio imediato que o que o formador quer é vender-lhe essas horas para ganhar mais dinheiro e não efectuar uma auto-avaliação e perceber as suas dificuldades.
Quando um formador não diz ao candidato aquilo que ele quer ouvir, mas sim aquilo que está, na realidade, a acontecer, o candidato entra em negação com o formador, passa a vê-lo como seu inimigo e muitas vezes opta pela transferência de escola.
Se até então não lhe era dado a conhecer que em muitas escolas de condução essa transferência tinha custos, por vezes avultados, e que na nova escola de condução teria de suportar grande parte do preço da carta de condução, agora, com a entrada do contrato de formação, ele passa a saber esses custos.
Ao chegar à nova escola de condução, o formando poderá encontrar um sistema de ensino diferente, no entanto nunca saberá à partida se será melhor ou pior do que aquele que tinha na escola de condução inicial.