A sinistralidade rodoviária é avaliada de forma continua ao longo do ano, durante todos os anos, desde, pelo menos, o ano de 2000. Assim, também este ano não escapa a essa avaliação dos valores da sinistralidade rodoviária. E os valores que se apresentam não são animadores.
É verdade, estou em crer, que todos desejamos que a taxa de sinistralidade rodoviária diminua a cada minuto que passa, para desse modo conseguirmos atingir valores cada vez mais próximos do zero. Mas, tal só será possível quando todos, num todo e todos individualmente assumirmos uma posição de compromisso, no sentido de alcançarmos esse objectivo.
Os valores que marcam a sinistralidade de Janeiro 2016
Se no final do passado ano de 2015 lamentamos a tão elevada taxa de sinistralidade nas estradas portuguesas, e não conseguindo assumirmos um compromisso de contagem zero, verifica-se agora, mesmo com valores ainda temporários, que é elevada a sinistralidade do mês de Janeiro.
Do dia 1 ao dia 31 de Janeiro de 2016, foram registados, pelas forças de segurança, PSP e GNR, nas estradas portuguesas, 10 741 acidentes. Se compararmos estes números com os 10 233 do ano de 2015 e com os 9 757 registados em 2014, verificamos um aumento significativo na sinistralidade rodoviária.
Destes 10 741 sinistros que as forças registaram, ocorreram 34 vitimas mortais, menos 18 que em 2015 e menos 2 do que em 2014. Estes são valores animadores, é certo, mas ainda longínquos dos que se pretendem ou devem pretender alcançar.
Foram registadas 142 vitimas com gravidade, neste ano de 2016, menos, no entanto que as 173 do ano passado e mais do que as 138 registadas em 2014. Também nas vitimas com gravidade, percebemos que existe uma recuperação, em termos comparativos.
Os feridos leves registados no primeiro mês de 2016 foram de 3 047, mais do que os 2 936 de 2015 e do que os 2 753 registados no ano de 2014. Neste campo houve um aumento nos valores das consequência da sinistralidade rodoviária.
Conclui-se, por tanto, que muito ainda há a fazer na questão da sinistralidade rodoviária. E mais uma vez alerto para o facto de tentarmos, Portugal, desenvolver estratégias de combate a esse fenómeno e não nos limitarmos a adoptar o que outros países fazem. Países cuja cultura formativa é bastante diferente da nossa.
Foto¦ Correio da Manhã