As estradas do país estão repletas de viaturas do ensino da condução automóvel pertencentes. Essas viaturas podendo ser iguais às demais, diferenciam-se, essencialmente, pela afixação de uma chapa rectangular com a letra “L” no seu interior e o nome do concelho pertencente. Este acessório serve, não apenas para indicar que aquele veículo está licenciado para ministrar o ensino, mas também para que os restantes condutores percebam esse facto.
Todos quantos circulam no meio rodoviário ou até mesmo na via publica, estão sujeitos às vicissitudes do tráfego automóvel, inclusive até, verem-se envolvidos numa situação de sinistralidade rodoviária. Acontece que uns estão mais sujeitos que outros.
Não, não são invisíveis estas viaturas
Uma escola de condução quando dá inicio a uma lição prática, fá-lo no sentido de transmitir as regras de educação rodoviária, segurança e prevenção aos seus formandos. Tenta-se, dentro dos possíveis, definir um plano formativo que vá evoluindo mediante a evolução do próprio formandos, tentando com isto que ele se vá adaptando às alterações e condicionalismos do trânsito.
Acontece que essa escola de condução e seus formadores, muitas vezes, estão sujeitos a uma realidade bem diferente daquela que realmente desejavam, tendo muitas vezes que acelerar o processo evolutivo do formando, nomeadamente, colocando-o em situações de tráfego mais complexas. Isso deve-se ao facto de muitas localidades não darem resposta às necessidades formativas.
Contudo, isto não quer dizer que aquele veículo da escola de condução está numa situação de infração. E entenda-se aqui infração o facto de poder estar a condicionar a fluidez do trânsito. Não nos podemos esquecer que no seu interior se encontra um profissional credenciado, capaz de resolver qualquer situação que possa vir a comprometer a segurança rodoviária.
Parece, no entanto, que para os comuns condutores, que estas viaturas são invisíveis. Muitos são os condutores que não respeitam o facto de aquele aprendiz poder entrar numa situação de ansiedade, nas tantas e tantas situações em que os condutores que circulam à rectaguarda se encostam em demasia, não deixando uma distância de segurança adequada.
Nós respeitamos as regras
Por muito que custe a tantos condutores, a verdade é que nós respeitamos as regras do código da estrada. Ou seja, respeitamos os limites, cedemos passagem a quem tem direito e paramos ao sinal de “Stop”. Se com isto os restantes condutores creem que estamos a condicionar o trânsito ou a sua pressa, então deverão esses condutores reflectir um pouco e verificar que não são os veículos da escola de condução que anda em transgressão.
Na minha humilde opinião, parece-me que faz falta na legislação um ponto que imponha uma distância minima de segurança, ao trânsito em geral, para com veículos de instrução automóvel. Parece-me que desta forma se evitavam os embates por trás quando paramos, cumprindo, ao sinal de “Stop“, quando cedemos passagem aos peões ou quando, à entrada de uma rotunda paramos para que o trânsito que circula no seu interior prossiga o seu andamento.
Foto¦ Oficina do Condutor