Verão e pneus: conselhos para enfrentar uma vaga de calor

Redacción Circula Seguro

26 de Julho de 2022

Quando falamos de elementos de segurança do veículo, os pneus não são normalmente a primeira coisa em que pensamos, mas são o único ponto de contacto entre o veículo e a estrada, são vitais para garantir a segurança ao volante. Por isso, é necessário prestar especial atenção aos pneus durante todo o ano e especialmente em períodos de extremo calor, como a vaga de calor que estamos a experimentar.

Alterações por ação do calor

Não devemos esquecer que o pneu é um elemento de borracha montado numa jante de metal, que mantém a sua forma graças ao ar inserido no seu interior. Todos estes elementos – borracha, metal e ar- são alterados pelo calor. A consequência de tudo isto é que o único elemento que entra em contacto direto com o asfalto, o pneu, pode resistir a temperaturas próximas dos 100º C. E isto provoca inevitavelmente, um aumento acentuado da pressão do ar e a estrutura do pneu sofre consideravelmente.

Vigiar a pressão

Portanto, o primeiro conselho para que os pneus não sofram no verão é vigiar a pressão. É importante fazer isto sempre a frio, sem esquecer que nesta medida também influem outros fatores como o número de passageiros, a velocidade média ou a bagagem. Neste ponto, podem existir dois casos:

  • Excesso de pressão por ação do calor: se um pneu tem uma pressão superior à recomendada pelo fabricante, o seu desgaste será superior no centro da banda de rodagem, a distância de travagem aumentará e o carro terá menos aderência nas curvas. Também será menos confortável, pois amortecerá menos em terrenos irregulares. Isto não levará necessariamente a um rebentamento, pois os pneus podem suportar pressões muito elevadas por razões de segurança. O problema surge se o pneu não estiver em perfeitas condições. Isto é, se tiver cortes, deformações ou mesmo uma amolgadela num dos lados por um impacto na berma ou outro ponto. Nesse caso, a estrutura do pneu é danificada e o excesso de pressão pode fazer com que a estrutura ceda e o pneu rebente.
  • Pressão insuficiente: Isto leva a um aumento do consumo de combustível, desgaste excessivo da banda de rodagem lateral, risco de travagem desigual e aumento da instabilidade em curva. Para além… O aumento da temperatura aumenta a pressão do ar no pneu, mas se a pressão do ar for muito baixa, a estrutura do pneu não será suficientemente rígida para manter uma forma adequada e irá deformar-se ao rodar. Isto, combinado com o calor do asfalto, acabará por levar ao sobreaquecimento do pneu e à falha estrutural do pneu. O resultado final… Como no caso anterior, um rebentamento.

Ranhuras

O calor pode fazer com que o asfalto atinja temperaturas de até 70º C, o que aumenta o desgaste das ranhuras do piso. Por isso, é importante vigiar a profundidade das ranhuras do piso: seestiver reduzida a 1,6 mm, neste caso não apenas falta a garantia de segurança necessárias, mas também legalmente não são adequados para a estrada.

Paralelo

Conduzir com o paralelo inadequado acelera o desgaste dos pneus sem que o condutor perceba isto em muitos casos. As consequências incluem um desgaste maior e desigual, travagem menos eficaz, auomento do ruído de rodagem e das vibrações na condução.

Roda sobresselente

Se o carro estiver equipado com uma roda sobresselente, é muito importante verificar o seu estado periodicamente. Ninguém gostaria de ficar parado por uma avaria de pneu no meio da estrada e esperar pelo reboque por não ter verificado.

Viajar em plena vaga de calor?

Para além dos pneus, dada a vaga de calor que estamos a experimentar em muitas partes do país, é importante estar consciente dos perigos da condução em geral nestas temperaturas. O interior de um automóvel a temperaturas superiores a 30º C tem um grande impacto nas capacidades físicas do condutor e na forma de conduzir: aumenta a fadiga, a desidratação, influencia as decisões e aumenta o risco de contratempos. O calor também aumenta a agresividade ao volante.

Outros passageiros também podem ser afetados. Os sintomas mais comuns incluem sonolência, cãibras musculares, tensão arterial baixa e exaustão. Para além, o stress térmico pode levar a problemas renais e urinários, mesmo com risco de vida. Portanto, tome precauções extremas e não viaje desnecessariamente nos dias e horas mais quentes do dia.