Não é difícil, para ninguém, presumo, perceber que perigo se corre quando circulamos em vias costeiras, expostas à violência das ondas do mar e sua invasão ao meio rodoviário. E não é difícil, uma vez que que a visão da coisa proporciona sensações de perigo.
Acontece que há quem goste de arriscar, viver na corda bamba, pretende três minutos de fama na zona de risco ou simplesmente tem um défice de inteligência que a faça perceber que se está a expor a um risco desmedido e com prováveis consequências dramáticas.
Vias costeiras e o perigo rodoviário
Não será novidade para ninguém, até por que vem sendo um hábito dos últimos anos e as redes sociais e canais de comunicação noticioso investem bastante tempo no assunto, que, circular, seja de automóvel, bicicleta ou a pé em vias costeiras expostas a essa inconstante postura marítima, é um risco elevado para a sua segurança e daqueles que, eventualmente, terão de ir em socorro.
O que não se percebe é por que é que as pessoas insistem em fazê-lo, arriscando a sua vida e bens materiais, assim como a vida de terceiros que terão de se expor para as tentarem salvar. Será que a inteligência não as faz perceber desse risco? Ou será que procuram protagonismo a qualquer preço, mesmo que esse preço seja a própria vida?
Mas a questão que se coloca não é apenas direccionada à falta de inteligência dos condutores e peões que arriscam a passagem por estas condições que as vias costeiras proporcionam quando o mar está revolto, mas também o por quê as autoridades responsáveis não providenciarem, atempadamente, o não acesso rodoviário a estas vias, mas também a falta de intervenção das autoridades fiscalizadoras, no sentido de demoverem os condutores e peões de circularem naqueles espaço.
Afinal, se algo ocorrer, é a vida de terceiros que é colocada em risco, para efectuar salvamento, mas também o erário público com custos elevados em acções de salvamento e socorro.
Foto¦ Ahcravo