A rádio do carro pode ser uma grande companheira de viagem

António Ferreira

26 December, 2013

A rádio do carro pode ser uma grande companheira de viagem. Ajuda-nos a tornar o trajeto menos aborrecido, combate a monotonia da estrada e ainda nos proporciona informação, música e entretenimento. É fundamentalmente mais um elemento de segurança ativa do veículo, uma vez que ao evitar o adormecimento do condutor, o poupa a um susto na estrada.

Claro que este elemento de segurança pode também ele facilmente funcionar ao contrario do desejado. Dependerá do bom uso que lhe dermos ter uma boa companheira de viajem ou a pior companhia para se ter dentro de um carro.

Para começar, temos que efetuar a seleção adequada do posto a escutar. No que diz respeito a conteúdos gerais, se por um lado fica claro que uma musica demasiado acelerada no pode colocar rapidamente num estado de tensão desnecessário e incompatível com uma condução calma, por outro lado também uma musica clássica demasiado monótona nos pode colocar num estado de letargia pouco recomendado quando se está a conduzir. Para dar mais alguns exemplos, uma acesa discussão ou um debate parlamentar teriam afeitos parecidos sobre o condutor.

Existem conteúdos específicos que também podem dar aso a alguns pequenos problemas. É o caso de alguns sinais indicativos repletos de efeitos sonoros estridentes bem como alguns anúncios publicitários que utilizam sons de sirenes da policia como forma de chamar a atenção dos ouvintes. Estes exemplos, quando ouvidos dentro do habitáculo de um automóvel, podem distrair o condutor reduzindo a necessária atenção á condução do seu veiculo.

Existe outro fator a ter em consideração na hora de sintonizar uma rádio. Uma amissão cujo sinal tem altos e baixos ou com mudanças bruscas no volume, podem-nos assustar no pior momento, ou mais frequentemente, podem-nos colocar nervosos á medida que conduzimos. Ao ouvir um sinal rádio enfraquecido, cheio de estática e com perdas frequentes de sinal, passamos a prestar mais atenção do que o normal ao que escutamos por forma a conseguir completar mentalmente o que está em falta. Estamos perante um problema quando tentamos compatibilizar estas ações com o ato de conduzir.

Por este motivo, o seguimento automático da frequência, apresenta-se como um elemento vantajoso. Não importam as alterações na frequência da emissão que escutamos, uma vez que o próprio aparelho de rádio se encarrega de re-sintonizar sempre que necessário. No entanto, este sistema tem um problema: Existe estações emissoras que utilizam os seus postos emissores para oferecer conteúdos locais. Deste modo, se circularmos com o seguimento automático de frequência ativado e as diferentes emissoras da estação oferecem conteúdos diferentes, facilmente dedicaremos mais atenção aos saltos na emissão que á condução.

Claro que, no final e independentemente de tudo isto, o importante para circular com segurança fazendo uso da rádio será recordar qual é a prioridade: pensar sempre que estamos ouvindo rádio enquanto conduzimos, e nunca que estamos conduzindo enquanto escutamos a rádio. Porque não é o mesmo.

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