Os carros elétricos começam a aparecer no mercado de ocasião e algumas unidades são mesmo bons negócios. Assim, aqui no Circula Seguro damos-lhe algumas dicas para poder comprar um carro elétrico em segunda mão.
O carros elétricos ainda são recentes no mercado, mas têm vindo a popularizar-se pelas cidades de todo o país e, como seria de esperar, estão a chegar, pouco a pouco, ao mercado de veículos usados.
Mas serão estes carros iguais ao automóveis convencionais? Para comprar um usado que cuidados devemos ter. Aqui ficam uma série de conselhos para fazer a escolha acertada na hora de comprar o elétricos dos nosso sonhos e para evitarmos surpresas de última hora.
Desgaste
Antes de começar a busca é preciso termos a certeza de que é um carro elétrico que precisamos. Convém lembrarmo-nos que estes motores já conseguem autonomias de mais de 300 km, mas a grande maioria dos carros que estão no mercado de usados ainda não chega lá. Portanto, se pretende realizar mais de 150 km por dia é preciso pensar noutro tipo de veículos com outros motores. No caso de percorrer uma distância inferior, um elétrico com uma bateria de 30 ou 40 kWh será mais do que suficiente para percorrer os quilómetros que deseja.
Bateria
As baterias perdem capacidades com o passar dos anos, quilómetros e carregamentos. Assim, convém realizar um teste que se aproxime da autonomia estabelecida no momento da homologação. Um teste de condução real é a melhor forma de perceber até que ponto se estende o desgaste da bateria e quanto reduziu a sua autonomia.
O melhor será recordar que elementos como o sistema de aquecimento, o ar condicionado, as luzes, o equipamento de som reduzem sensivelmente a sua quilometragem. Se a autonomia estiver 90% perto do valor anunciado, esse carro elétrico pode ser uma boa opção.
Autonomia
Os veículos elétricos que estão no mercado de usados são de primeira geração, logo são carros om autonomias reduzidas. A bateria perde mais energia com uma utlização em estrada do que em ambiente urbano. Por isso, que vai comprar tem de saber mesmo a autonomia real do veículo que vai comprar e a utilização que lhe vai dar. Uma bateria de 24 kWh vai permitir uma autonomia entre 80 e 130 km, enquanto uma bateria de 40 kWh alargará as distâncias percorridas a 200 ou 280 km.
Estado
O motor de um carro elétrico é mais simples, assim como toda a sua mecânica. Ao ser elétrico e eletrónico, há pouco para avariar e criar alguma surpresa. Se o veículo tiver alguma deficiência é fácil de perceber. Quanto ao resto, terá de fazer as revisões de rotina: estado da chapa, desgaste dos pneus, suspensões e travões, desgastes excessivos e irregulares em zona interiores do veículo.
Financiamento
Atualmente já não é uma modalidade viável, mas houve uma época em que as marcas tentaram impor uma tendência de aluguer de bateria em vez de as vender em conjunto com o carro. Esta prática permitia baixar o preço final em vários milhares de euros. O proprietário teria de subscrever um serviço de renting, pelo que é um dado a ter em conta na hora e comprar o carro. Perceber se há pagamento das baterias, quanto é e se não deveria baixar com a utilização das mesmas. Convém ter atenção a todos estes detalhes.
No caso de ser preciso mudar a bateria ou comprar uma, terá um dispêndio extra entre os 5 e os 6 mil euros.
Valor residual
Os veículos elétricos tendem a perder valor rapidamnte. Já existem muitos carros, mas como é uma tecnologia em constante evolução, os primeiros ficam obsoletos em pouco tempo. Este é um dado a ter em conta na hora de negociar um preço com o vendedor. Um elétrico com muitos quilómetros e muitos anos, tem um valor baixo apesar do proprietário achar que tem ali uma verdadeira pérola. Não se deixe enganar.
Comprar um carro elétrico não é, de todo, um investimento.
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