Sensores de luz e de chuva: como funcionam?

Ines Carmo

3 de Julho de 2020

Hoje em dia os avanços tecnológicos no mundo automobilístico parecem superar-se a si próprios (e às nossas expectativas) com grande rapidez, num compromisso com a segurança e com o conforto que, enquanto utilizadores, temos durante a condução. Um desses avanços que, sem dúvida, facilita e torna mais cómoda a experiência ao volante é a automatização de muitos processos que, pela sua simplicidade, se tornam alvos fáceis do erro humano. Por exemplo, uma questão que poucos admitem, mas muitos se esquecem é de acender ou apagar as luzes do carro, seja por descuido ou por desconhecimento das situações nas quais deve usar cada tipo de luz.

Por sorte, praticamente todos os veículos de nível médio existentes no mercado incorporam sistemas de automatização para ativação de luzes de grande fiabilidade, que tornam mais seguros os nossos trajetos em estada ou cidade.

Como funcionam os sensores de luzes?

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As luzes automáticas são, em primeiro lugar, um dispositivo de segurança, como já dissemos, para evitar erros ocasionados pelo fator humano, que possam provocar situações comprometedoras na estrada. Servem também para prevenir esquecimentos com o ligar e desligar. Esta função está a generalizar-se na maioria dos modelos e cada vez se torna mais conveniente, ainda que muitos tenham dificuldade em adaptar-se e prefiram o acendimento manual.

Pode vir de série, ser opcional ou pode ser acrescentado à posteriori, ainda que esta última não assegure o reconhecimento tão fiel da luz ambiente como os outros métodos. De qualquer forma, a função manual continua disponível no comando, sempre que queira fazer uso dela, quer seja para sinais de luzes, ou colocar máximos, por exemplo, sem alterar a automatização.

Funciona graças à instalação de células fotoelétricas que medem a luminosidade exterior para gerir em cada caso concreto o acender e apagar de luzes de cruzamento (exclusivamente, ainda que já se vão encontrando modelos com a função de luzes de estrada), através geralmente do sensor de chuva. Este controla tanto as luzes como os limpa-parabrisas de forma automática. Consiste num sensor instalado no interior do veículo à altura do espelho retrovisor central que baseia o seu funcionamento nos princípios da reflexão e refração da luz. Por um lado, graças a um diodo emissor que laça um feixe de luz infravermelha através do parabrisas que, ao encontrar-se com uma gota de chuva, muda a sua intensidade e ângulo de refração; esta alteração é detetada pelo díodo recetor que interpreta que está a chover e ativa os limpa-parabrisas.

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Além da função dos diodos, este sensor de chuva incorpora sensores de luz ambiente e pontos afastados. Estes não só adaptam a velocidade do movimento dos limpa-parabrisas de acordo com a quantidade de água detetada (sensibilidade 0,02 metros cúbicos), mas também ativam as luzes de cruzamento de forma automática. A ativação acontece nas circunstâncias em que se ultrapasse determinado nível de luminosidade. Por um lado, o sensor de luz ambiente regista a luz enquanto circulamos, sem ter em conta de onde vem. Por outro lado, o sensor de luz da estrada interpreta a intensidade da luz em função de um ângulo menor, diretamente focado na frente do veículo.

Outras automatizações

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Por último, os veículos mais modernos incorporam outros sistemas automatizados que facilitam a nossa visibilidade em termos de iluminação. Em primeiro lugar, encontramos as luzes de curva que têm como objetivo iluminar a zona para a qual estamos a virar o nosso carro, e que se ativam quando sinalizamos com o pisca e começamos a virar o volante alguns graus, a uma velocidade média. Ao terminar a manobra e endireitar o volante, as luzes vão se apagando de forma gradual.

As luzes de curva, em oposição às anteriores não se acendem e apagam ao realizar curvas fechadas, apenas giram a sua trajetória graças a uns pequenos motores elétricos para iluminar o trajeto que estamos a efetuar, seja em curvas, lombas ou mudanças de inclinação.

O assistente de iluminação preditiva antecipa o traçado de uma viagem comprida, em função do que está programado no navegador ou GPS previamente, para decidir desta fora que iluminação devmo usar em cada momento da viagem.

Como já vimos anteriormente, pouco a pouco tem-se vindo a implantar a automatização das luzes de estrada ou de máximos, graças a um assistente que se vale de uma câmara, instalada no retrovisor central, que reconhece os veículos que vêm de frente, ou as vias melhor iluminadas, para ativar ou desativar as luzes de máximos e assim não encandear o resto dos utilizadores da via.

Imagens | Flickr

Fonte: CirculaSeguro.com