As normas de segurança têm vindo a serem potenciadas de forma evidente nos últimos anos. Os consumidores, que primeiramente estavam alheados desta necessidade, agora são os primeiros a exigir que a segurança seja uma realidade.
Mas façamos então uma visita ao futuro. Descubra quais as novas tecnologias que serão exigidas nos veículos novos à venda na União Europeia e quais as novidades que surgirão num futuro próximo. Está a ponderar adquirir um carro novo? Conheça as novas tecnolgias de segurança avançadas aqui.
Objetivos e Regulamentos
A nível europeu as entidades reguladoras têm como objetivo reduzir o número de vítimas mortais e de feridos na estrada. Empenhados, com especial afinco, estão os Estados-Membros, pois pretendem diminuir a fatura com os acidentes. No mês passado o Parlamento Europeu aprovou um projeto de regulamento relativo á segurança geral dos veículos a motor.
Este regulamento também define a proteção dos ocupantes dos veículos e dos utilizadores mais vulneráveis da estrada. Atualiza as regras vigentes em matéria de segurança dos veículos instituídas no Regulamento (CE) 661/2009, relativo à segurança geral dos veículos, no Regulamento (CE) 78/2009, alusivo à segurança dos peões, e no Regulamento (CE) 79/2009, respeitante à segurança dos veículos a hidrogénio.
O regulamento estabelece que até 2022 os veículos novos devem estar equipados com tecnologias inteligentes de segurança. Por curiosidade, esta medida foi aprovada com 578 votos a favor, 30 contra e 25 abstenções. Com ele tornar-se-ão obrigatórias novas tecnologias e sistemas para os veículos novos de diferentes tipos.
Esta será uma oportunidade para os fabricantes de automóveis da União Europeia. Afinal, assim, podem consolidar a liderança em matéria de sistemas inovadores de segurança automóvel. O regulamento integra o chamado terceiro pacote da Comissão “Europa em Movimento”, lançado em maio de 2018. O pacote visa assegurar uma transição suave para um sistema de mobilidade segura, limpa e automatizada.
Quais as tecnologias de segurança avançadas previstas?
As tecnologias de segurança avançadas previstas nas novas regras serão aplicadas a todos os veículos a motor. Desta vez não foram esquecidos os camiões, autocarros, furgonetas e SUV’s. Em síntese, todos possuirão os seguintes dispositivos de segurança:
- adaptação inteligente da velocidade;
- pré-instalação de dispositivos de bloqueio da ignição sensíveis ao álcool;
- sistemas de aviso da sonolência e da atenção do condutor;
- sistemas de aviso avançados da distração do condutor;
- sinais de travagem de emergência;
- sistemas de deteção de obstáculos em marcha-atrás;
- aparelho de registo de eventos;
- controlo preciso da pressão dos pneus.
Os avanços pretendem diminuir a gravidade dos acidentes
Mas não ficarão por aqui, pois serão ainda exigidas medidas de segurança avançadas adicionais para os automóveis e as furgonetas. Nestes casos as tecnologias que se aplicam são:
- sistemas avançados de travagem de emergência;
- sistemas de manutenção na faixa de emergência;
- zonas alargadas de proteção de impacto da cabeça, capazes de reduzir os ferimentos em colisões com os utentes da estrada vulneráveis, como os peões e os ciclistas.
Outras especificidades a serem adotadas
Mas para além dos requisitos gerais e dos sistemas existentes os camiões e os autocarros terão de estar equipados com sistemas avançados capazes de detetar peões e ciclistas localizados nas imediações e de reduzir significativamente os ângulos mortos à volta do veículo.
Adicionalmente, o regulamento possibilita que a Comissão adote regras específicas para a segurança dos veículos a hidrogénio e para os automatizados, entenda-se, com capacidade de condução autónoma. Igualmente facilita que sejam atualizadas as especificações técnicas, afinal torna possível incorporar as futuras evoluções técnicas.
De acordo com dados preliminares recentemente publicados pela Comissão Europeia, cerca de 25.100 pessoas perderam a vida nas estradas europeias e cerca de 135 mil ficaram gravemente feridas em 2018. Do mesmo modo estima-se que mais de 90% dos acidentes rodoviários resultem de algum nível de erro humano.
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