5 mitos relacionados com o uso do cinto de segurança

André Gomes

20 de Setembro de 2019

Há 5 mitos enraizados que fazem com que o cinto de segurança nem sempre seja posto. E na realidade este elemento é um eficaz meio de proteção dos ocupantes.

Passadas tantas décadas após ter sido inventado, o cinto de segurança parece ter parado no tempo, sem que tenha sofrido grandes inovações.

No entanto, apesar deste paradoxo, o cinto de segurança persiste como um dos mais eficazes meios de segurança presentes nos automóveis. E o elemento que mais vidas tem salvo.

Ainda que a sua utilização esteja felizmente muito generalizada, ela não é absoluta, havendo cinco mitos falsos na mente de muitas pessoas que fazem com que este acessório nem sempre seja colocado.

Com base em elementos da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), destacamos esses 5 mitos.

1º falso mito:

o cinto de segurança protege apenas quem o utiliza

Se um passageiro viajar à solta e ocorrer um acidente ou uma travagem brusca, poderá embater em quem conduz ou noutros passageiros. A força deste impacto pode ser brutal, sendo causa de lesões muito graves nos ocupantes do veículo. Por esta razão, utilizar cinto de segurança é um dever de todas as pessoas, para evitar colocar em risco a vida dos outros.

2º falso mito:

perto de casa e em viagens pequenas não é preciso pôr o cinto

Os acidentes são causados por muitos fatores distintos e podem ocorrer em qualquer percurso ou local e a qualquer velocidade. Por este motivo, mesmo em viagens curtas e em locais com pouco trânsito e a baixas velocidades é essencial utilizar o cinto de segurança. Pensar que “vou já ali” e por isso “não preciso por o cinto” pode ser fatal.

mitos3º falso mito:

usar o cinto de segurança pode atrapalhar em caso de acidente

O cinto de segurança salva a vida de muitos passageiros, que não sobreviveriam se não o estivessem a usar. São raros os casos de pessoas cujo socorro foi dificultado por estarem a utilizar o cinto de segurança. Pelo contrário, são muito frequentes as mortes de pessoas que não o utilizavam. Usar o cinto de segurança ajuda, de facto, a salvar vidas em caso de acidente.

4º falso mito:

os cintos de segurança não são obrigatórios nos táxis e autocarros com cinto

Estão isentos do uso de cinto de segurança as pessoas que possuam um atestado médico de isenção por graves motivos de saúde, passado pela autoridade de saúde da área da sua residência. A lei prevê ainda a dispensa do uso do cinto de segurança, dentro das localidades os condutores de veículos das forças de segurança, de órgãos de polícia criminal, de prestação de socorro e de segurança prisional, bem como os respetivos agentes de autoridade e bombeiros transportados nesses veículos, quando as características da missão o justifiquem. Também estão dispensados do uso de cinto nas localidades os condutores de táxis, quando transportem passageiros.

Porém, apesar de serem transportes públicos, todos os passageiros têm que usar cinto de segurança nos táxis (no banco da frente e no banco de trás) e nos autocarros que tenham cintos de segurança disponíveis. E, claro, ter este elemento de segurança representa uma enorme segurança acrescida.

5º falso mito:

o cinto pode deixar-me preso num acidente com fogo ou água

Acidentes que envolvam fogo ou água são pouco frequentes. Mas mesmo se ocorrerem, a melhor probabilidade de sobrevivência está no facto dessa pessoa manter-se consciente, sem ferimentos graves e na total plenitude das suas faculdades. Ao invés do que se julgue e ao contrário do quinto destes mitos, o maior perigo num sinistro que acabe por envolver fogo ou água está no impacto que antecede o encontro com o fogo ou a imersão na água. E se alguém não tiver o cinto posto, é provável que na colisão fique gravemente ferido ou até morra mesmo antes do contacto com as chamas ou a água.

Fotos: Maxpixel