As crianças são o melhor do mundo, mas no automóvel podem tornar-se terríveis para a concentração de quem está ao volante.
Mais de seis em cada 10 pais na Europa (63%) admitem ter dificuldades em se concentrar na estrada devido ao mau comportamento dos seus filhos no interior do automóvel.
Ainda mais preocupante, é o facto de aproximadamente um em cada três adultos (29%) ter consciência de que estão menos seguros ao volante em consequência disso, segundo revelou uma investigação levada a cabo pelo construtor de automóveis Nissan.
Os pais afirmam que a distração gerada pela confusão no habitáculo suscitada pelos mais novos significa que os levou a tirar os olhos da estrada e as mãos do volante. Os adultos afirmam também já ter ignorado sinais vermelhos, não ter utilizado os piscas, ter efetuado travagens bruscas ou mudado repentinamente de faixa de rodagem, bem como, imobilizado totalmente o automóvel.
O inquérito contou com a participação de 5.000 pais, todos detentores de uma carta de condução válida aquando da sua realização
Por estes motivos, segundo a Nissan, os pais estão também cada vez mais interessados em tecnologias no interior do automóvel, com vista a manter toda a família em segurança na estrada.
A investigação evidenciou que a redução das distrações é uma das maiores preocupações dos pais aquando da escolha do automóvel a adquirir, com um em cada três (34%) a afirmar que considera procurar ativamente automóveis com tecnologias de assistência à condução, como é o caso de sistemas automáticos de travagem de emergência, avisos de saída da faixa de rodagem, controlo da velocidade de cruzeiro adaptável, Câmara Inteligente de Visão 360º e Alerta de Trânsito Traseiro.
Maus comportamentos
As birras com choro e gritos encabeçam a lista de maus comportamentos das crianças (65%), seguindo-se as “batalhas” no banco traseiro entre irmãos ou amigos (58%), pontapés nas costas do banco do condutor (49%), abertura dos cintos de segurança (43%) e arremesso de brinquedos no habitáculo do automóvel (39%).
Como resultado, não é de surpreender que os pais se sintam frequentemente stressados e ansiosos quando viajam com os seus filhos no automóvel. Os pais admitem chegar ao destino atrasados ou de mau humor, ter discutido com o respetivo parceiro ou até mesmo ter experienciado situações de “raiva na estrada” envolvendo outros condutores.
Muitos revelam recorrer a medidas desesperadas para reduzir o perigo e a distração resultantes de conduzir com os seus filhos no automóvel: 15% dos adultos evitam completamente a utilização de autoestradas ou de estradas congestionadas quando os seus filhos estão presentes, ao passo que outros optam por distraí-los com tablets ou smartphones (37%), brinquedos (41%) ou música (53%), chegando mesmo a utilizar doces para os manter sossegados (22%).
Jean-Philippe Roux, diretor-geral para a gama de crossovers da Nissan Europa, refere que “todos os pais sabem que as viagens em família não são propriamente simples. Os passageiros mais novos tendem a surpreender-nos quando nos tentamos concentrar na estrada, algo que se pode revelar stressante para o adulto ao volante”.
“Conduzir em segurança e permanecer focado deverão ser sempre as principais prioridades do condutor, não havendo nada que as substitua. Contudo, saber que o seu automóvel está equipado com tecnologia capaz de prever e evitar situações potencialmente perigosas poderá ajudar a criar uma sensação de tranquilidade ao volante. Por sua vez, isto ajuda os condutores a permanecerem focados na estrada”, acrescenta Jean-Phillipe.
Dados do estudo da Nissan
• Stress resultante de crianças no automóvel – os factos:
- Os pais passam semanalmente, em média, 2 horas e 54 minutos no automóvel com as suas crianças, equivalendo a mais de 6 dias por ano;
- Um em cada cinco pais (20%) afirmou que os seus filhos se comportavam pior quando se encontravam no automóvel, antes de se vestirem para a escola (11%), em idas ao supermercado (17%) ou na hora de ir dormir (12%);
- As mães (67%) afirmam ter mais dificuldades de concentração resultantes do mau comportamento das crianças em comparação com os pais (57%);
- É bastante mais provável que as mães abdiquem de conduzir devido ao comportamento dos seus filhos; 24% afirmou entregar as chaves a outra pessoa em comparação com 12% dos pais.