Já se esperava que com o decreto do estado de emergência e a obrigatoriedade de ficar em casa por parte dos portugueses, a sinistralidade rodoviária diminui-se. E foi precisamente o que aconteceu. E agora como vai ser com o desconfinamento?
O último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) vem comprovar que uma grande parte dos portugueses respeitou as regras do confinamento, ficando em casa em vez de pegar no carro. É que todos os índices de sinistralidade rodoviária desceram a pique no período de 19 a 31 de março, que marcou o início do estado de emergência em Portugal.
Comparativamente a períodos homólogos de anos anteriores (entre 2016 e 2019), registaram-se -66,6% de acidentes com vítimas; -61,3% de acidentes com mortos e/ou feridos graves; -75,0% de vítimas mortais; -66,1% de feridos graves e -70,7% de feridos leves.
Vítimas mortais
Em relação ao número de vítimas mortais registadas no ano passado, verificou-se uma forte redução em 2020 (-76,5%), sendo significativa a ausência de vítimas mortais por colisão e um decréscimo de -71,4% em despistes. Por outro lado, o número de mortos por atropelamento manteve-se estável.
Em números concretos, houve quatro vítimas mortais contra 17 no mesmo período do ano passado. Menos 40 feridos graves (passou de 60 para 20 casos). E 356 feridos ligeiros, quando em 2019 esse valor tinha atingido os 1421.
A ANSR refere que os despistes foram os acidentes que ocorreram com mais frequência, até porque houve algumas semana durante este período em que a chuva se fez sentir, representando 45,7% da sinistralidade com vítimas no período em análise. Já os atropelamentos e colisões tiveram uma redução mais relevante (-80,9%) e (-78,6%), respetivamente.
E agora?
Todavia, desde o início de maio e à medida que o confinamento vai sendo aberto, o trânsito aumenta e sobem, consequentemente, os acidentes rodoviários. Foi imediato. Assim que o número de automóveis aumentou nas estradas nacionais, principalmente nas zonas de acesso às grandes cidades, os acidentes começaram a subir drasticamente. Para já ainda não se assistem a grandes filas de trânsito para chegar aos centros urbanos, a não ser que aconteça um acidente. O facto dos automóveis terem estado muito tempo parados também pode ser motivo de acidente, até porque estiveram muito tempo parados e podem ter algumas avarias. Mas é normal, mais carros na estrada, mais acidentes e sinistralidade rodoviária.
Fonte; ANSR
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