Andar a pé é saudável, no entanto, pode também trazer algum tipo de insegurança quando feito em ambiente rodoviário, especialmente pelas crianças.
Esse risco, designadamente de atropelamento, acaba por ser maior para os mais novos, devido à sua menor maturidade, imprevisibilidade de comportamentos que é habitual adotarem e menor campo de visão devido à sua baixa estatura.
Atendendo à complexidade do cenário rodoviário, com múltiplos estímulos em simultâneo, as crianças necessitam, por isso, de aprender a utilizá-lo em condições seguras.
Com o apoio das recomendações da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), fazemos um apanhado de alguns cuidados a ter quando as crianças circulam a pé:
Cuidados a ter quando as crianças circulam a pé
- Andar a pé sempre pelo passeio, com a criança do lado mais afastado da faixa de rodagem;
- Atravessar na passagem para peões. Se a “zebra” for regulada por semáforos, aguardar pelo sinal verde para os peões, antes de atravessar;
- Em estradas sem berma, caminhar de frente para os veículos, ou seja, do lado esquerdo;
- Ensinar a criança a estabelecer contacto visual com os condutores antes de atravessar;
- Usar roupas claras e, se possível, material retrorrefletor, na roupa, na mochila e/ou nos sapatos, mesmo durante o dia. Ajuda a criança a tornar-se mais visível;
- Esperar pelos transportes públicos nas paragens e manter-se no passeio, em fila, afastado da faixa de rodagem. Ao sair do transporte público, esperar que o autocarro se afaste para fazer a travessia a pé da via;
- Nunca atravessar a correr, mesmo numa passagem para peões;
E os adolescentes?
A ANSR salienta, entretanto, que os adolescentes, por seu lado, correm outros riscos causados, designadamente, por distração. “É fundamental mostrar-lhes que falar ao telemóvel, enviar mensagens e ouvir música enquanto caminham diminui a atenção e a capacidade de avaliarem o ambiente que os rodeia, explicar-lhes quais as consequências que estas e outras distrações podem ter e como um acidente pode mudar irreversivelmente as suas vidas, estimulando-os/as a optar por comportamentos mais seguros. Em grupo, ainda é mais fácil distraírem-se”.
Foto: Max Pixel